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A ação devastadora da notícia falsa


Fake News ou as notícias falsas nas redes sociais têm tomado proporções enormes e geram sérias consequências para quem é a vítima da informação inverídica. Em um primeiro momento, a pessoa replica aquele fato sem ao menos pesquisar a seriedade da publicação. Age-se de forma parcial e pelo lado emocional. A questão é que, mesmo após detectar que a postagem é falsa e a excluir de um perfil, é difícil reverter.


Notícias ruins podem e devem ser divulgadas, até para o cidadão saber os fatos em sua cidade ou Estado, mas quando chegam de forma distorcida e são mentirosas, incentivam que os otimistas se tornem pessimistas com mais intensidade. Pode ser ainda pior: amizades são desfeitas e muitas vezes não são retomadas.


Conheço casos de grupos de aplicativo de celular que causaram o rompimento de um relacionamento amigável de nãos por conta de discordâncias. Um desentendimento que, ao final de um período, teve como gancho uma notícia falsa em circulação na internet.


Na tarde de ontem, estive em um programa de televisão, na TV da Assembleia. Enquanto fui entrevistado, justamente sobre essa pauta, destaquei a falta de campanha nacional para que cada pessoa procure checar se o conteúdo divulgado é, de fato, verdadeiro. Essa prática pode ser feita rapidamente na internet, fazendo uma pesquisa e verificando a fonte, se é segura ou já comete esse erro constantemente.


Ao longo da entrevista, ressaltei também o radicalismo nas redes sociais. Creio que algumas pessoas entram nas redes com o propósito firme de proliferar uma ideologia que acreditam estar correta. Mas, é dentro deste universo, que as pessoas de fora acabam perdendo a crença ao lerem tantas inverdades.


Defendo a comunicação e acho que, seja na TV ou nas redes sociais, o dever é informar, porém, respeitando a verdade. Tenho certeza que em algumas situações, as pessoas que fazem críticas nas redes sociais, não tomariam a mesma atitude pessoalmente, algo bem complicado na nossa sociedade.

As redes sociais são extremamente bem-vindas para o cidadão, ajudaram milhões de pessoas, possibilitaram acesso maior à educação e aproximam muita gente, mas, repito, que devem ser usadas da melhor forma pois, com determinado teor, destroem famílias inteiras ou a integridade de uma pessoa.


É preciso distinguir notícia real de um boato. É preciso ser coerente, pensar antes de passar adiante algo com conteúdo duvidoso. O grande problema é o impacto na vida de uma família ou de uma pessoa idônea que, em poucas horas, pode ser vista e tratada como vilã. Mais campanha contra fake News! É algo indispensável.


*Publicado no Jornal Estação em 21 de março de 2018


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