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A cidade e a desordem urbana

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Uma cidade ordenada causa uma boa impressão e uma importante sensação de segurança. Os municípios são responsáveis pela prevenção primária e para isso devem manter as ruas livres de lixo, devem zelar pela iluminação pública, acolher e dar tratamento adequado aos dependentes químicos, manter as caçambas em locais onde não atrapalhem a visão, devem propiciar auxilio e acolhimento aos moradores de rua; dentre outras posturas.


A descrição é aquilo que espero para a cidade de São Paulo e o inverso do que vemos diariamente. Nossa cidade apresenta ambientes cada vez mais degradados, que convidam à depredação e atraem delitos.


Acompanho sempre de perto outro problema preocupante que acontece sempre com a proximidade de datas comemorativas. As ruas da região central, do Brás e áreas de comércio popular, são invadidas por uma grande quantidade de ambulantes irregulares.

Ressalto também que este aumento de barracas espalhadas pelas calçadas e ruas torna impossível e perigoso o tráfego de carros e de pedestres. Com toda esta desordem os criminosos acham oportunidades para a realização de furtos e roubos.


Aqui faço um comparativo da cidade de hoje com a de 2009, quando foi implantada a Operação Delegada. Naquela época tínhamos mais de 4 mil policiais trabalhando para a Prefeitura de São Paulo.


Atualmente, cerca de 1.400 policiais militares trabalham para o executivo municipal nas ruas, auxiliando no controle da criminalidade e na fiscalização da zeladoria. Esta diminuição de policiais na Operação Delegada comprovadamente traz danos à cidade.


Para se ter uma ideia, na época em que foi implantada, a Operação contribuiu para a diminuição dos índices criminais nas áreas comerciais, como na rua 25 de Março, por exemplo, onde houve redução de mais de 60% na criminalidade.


Com a Operação Delegada todos ganham: o policial, porque tem uma melhoria salarial, e a população, que ganha com mais segurança e ordem.


O modelo de segurança compartilhada entre Prefeitura e Estado deu tão certo que hoje é realidade em mais de 50 cidades espalhadas pelo Estado. Não podemos nos esquecer que todos somos responsáveis pela segurança pública.


* Publicado nos Jornais de Bairros Associados

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