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TV Chinesa entrevista Coronel Camilo sobre segurança



A emissora chinesa CCTV – Associação dos Jornalistas da China Central Television - entrevistou o deputado Coronel Camilo nesta segunda-feira, 06/02, sobre questões de segurança pública no Estado de São Paulo. Entre os principais temas abordados, destacam-se sistemas com tecnologia de vigilância, polícia comunitária, CONSEGs, crise carcerária, organizações criminosas e o trabalho da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários da Assembleia Legislativa, da qual o deputado Coronel Camilo é vice-presidente.


Coronel Camilo, que comandou a Polícia Militar do Estado de São Paulo por três anos, citou os avanços realizados no combate ao crime com as câmeras de monitoramento que identificam placas de veículos, que realizam leitura por biometria e indicam atividades que fogem ao padrão da localidade. Entre os principais sistemas que apresentam bons resultados em São Paulo, destacou o Projeto Radar e o Detecta.


Além do mapeamento criminal, o Deputado ressaltou que, durante a sua gestão, foram implantados tablets nas viaturas para identificar focos de desordem urbana, como buracos, a falta de iluminação pública, concentração de lixo, entre outros. “A teoria das janelas quebradas nos mostra que um local degradado aumenta a incidência de criminalidade. Precisamos estar atentos a tudo que coloque a ordem pública em risco”.


Sobre a crise nos presídios, Coronel Camilo explicou que o Estado brasileiro é paternalista com o infrator da lei, ao contrário do que ocorre em países desenvolvidos, especialmente na Ásia. Além disso, há uma distorção entre a alocação de presos de alta periculosidade e aqueles que cometem crimes de menor potencial ofensivo. Além disso, a superlotação nos presídios também favorece o surgimento de organizações criminosas.

“Muitos dos que cometem crimes menos graves cumprem pena no mesmo presídio que aqueles que praticam crimes hediondos. Os presídios são transformados em verdadeiras escolas do crime”, afirma.


Sobre as ameaças do Primeiro Comando da Capital (PCC) no início do ano, o Deputado diz que tal facção criminosa “não é tão grande como a imprensa acredita e nem tão pequena como o Governo afirma”. Para o Coronel Camilo, a lei não deveria permitir conversas privativas entre os presos com familiares e advogados no presídio, a fim de se evitar que mensagens sejam transmitidas para outros membros da facção que estão nas ruas.

Outro problema ressaltado pelo Deputado na entrevista é a tendência da imprensa brasileira em omitir o trabalho positivo na área da segurança pública, enaltecendo aspectos negativos. “Quando algo acontece, aqui a culpa é sempre da polícia”, diz.


O cenário brasileiro de paternalismo com o infrator da lei, tanto em relação à opinião pública como no tratamento jurídico, são, segundo o parlamentar, graves empecilhos para o enfrentamento da criminalidade no País.


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