Debate faz análise sobre o desemprego e aumento da criminalidade
O Deputado Estadual Coronel Camilo participou nesta quarta, 24/10, do programa Arena Livre, veiculado na TV ALESP. O tema debatido foi o desemprego, com especial atenção aos Desalentado - categoria de pessoas que não integram o rol dos desempregados, pois já desistiram de procurar emprego.
Também participaram da discussão Paulo Feldman, professor da USP e sócio da EY(antiga Ernest & Young) e o Deputado Teonilho Barba. O programa é conduzido pelo jornalista Jorge Machado.
Dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o número de pessoas que desistiram de procurar emprego-os desalentados- chegou a 4,8 milhões, a grande maioria com menos de 30 anos de idade.
Somando-se com os que ainda estão procurando emprego, mas não o encontram, chegamos a 18 milhões de brasileiros que hoje não conseguem trabalhar. Isso representa 17% da PEA (População Economicamente Ativa). Apenas cinco países estão numa situação pior no mundo, mas entre esses figuram a Síria e a Venezuela.
"O desempregado e o desalentado são fortes candidatos a caírem no mundo do crime e das drogas", afirma o Deputado Coronel Camilo. O cenário pode ser ainda mais preocupante: o crescimento do PIB em 2018 será de apenas 1,5 %, de acordo com as projeções.
As estatísticas sobre a violência no Brasil, mostram que 62 mil pessoas foram assassinadas em 2017. "Somos apenas 3 % da população do globo, mas 12 % dos assassinatos ocorridos no mundo aconteceram em nosso território", afirma o Deputado, que comandou a Polícia Militar do Estado de São Paulo entre 2009 e 2012.
Pesquisam indicam que 68% dos executivos brasileiros dizem ter dificuldade para achar pessoal qualificado para posições-chave. É um índice bem superior ao que se registra na Argentina (40%), na Costa Rica (40%) e no México (38%).
As empresas brasileiras investem pouco na própria mão de obra. Um levantamento da Accenture mostra o Brasil na "lanterna" quando o assunto é a intenção de ampliar os esforços internos de capacitação de profissionais. A pesquisa mostra que, atualmente, 51% das companhias nacionais pretendem ampliar o valor aplicado em treinamentos. É um número inferior a mercados desenvolvidos, como EUA (72%) e Reino Unido (79%).
O Brasil também perde para emergentes como a Índia, onde a intenção de ampliar os valores aplicados em recursos humanos é de 66%.