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Quando a vítima é um PM. De novo!




Trago aqui uma questão que envolve toda a sociedade: a morte de policiais militares. São acontecimentos gravíssimos e que impressionam com o passar dos meses. Desde janeiro, a Instituição registra 21 PMs mortos, 4 deles estavam em serviço, ajudando o cidadão. O caso mais recente, na madrugada de 3 de abril, os jovens soldados Alex, de 28 anos, e Leonel, de 29, foram assassinatos a tiros de fuzil na Via Anchieta, na Baixada Santista, logo após o ataque de uma quadrilha a uma empresa de transporte de valor em Santos.

Na madrugada anterior a esta tragédia, o cabo Reginaldo, 41 anos, à paisana, se preparava para um domingo de pesca ao com o filho quando foi morto por uma dupla de assaltantes. Foi morto por ser policial, já que um dos bandidos enxergou sua arma no carro da família. Não é fácil ser um defensor da lei nos dias de hoje. Não é fácil sair de casa, deixar esposa, filhos pequenos sem a certeza de um retorno no final de cada dia.

Os mais novos dados publicados pelo governo do Estado mostram que houve diminuição de 20,63% nos casos de policiais assassinados. Se comparado abril de 2015 a fevereiro de 2016, houve 50 casos ante 63 em ano anterior. Porém, números assim nada representam e tampouco fazem diminuir a dor das famílias. O cidadão perde e o crime ganha! Não é possível que no Brasil a polícia seja tão desvalorizada e seja alvo tão constante de críticas infundadas, pois quando ocorrem erros, a própria polícia toma providências.

Diante do cenário atual de mortes, é necessária uma investigação mais profunda dos crimes contra PMs. Além disso, é preciso vontade para resolver o problema da violência. Até quando nossas autoridades vão se omitir? Quando vão adotar aloés efetivas para impedir a vitimização dos nossos homens da lei? Precisamos de leis mais ‘pesadas’, que reduzam a sensação de impunidade e funcionem como resposta àqueles que ataquem policiais.

Precisamos, especialmente, respeitar e valorizar os nossos heróis, com o devido reconhecimento da sociedade e salários mais justos, pois essa é a única profissão em que se faz um juramento de sacrificar a própria vida – e se cumpre! São quase 100 mil homens e mulheres que atuam em todos os municípios de São Paulo. Atendem 24 horas, entram em qualquer rua, qualquer bairro, entram onde nem todos conseguem chegar, fazem partos, salvam bebês...Uma nobre missão.

Volto a dizer que na Assembleia Legislativa, assim como no Comando-Geral da PM em São Paulo, onde estive de 2009 a 2012, sempre defendi e defendo os policiais.

Artigo publicado no Jornal Estação em 5 de abril de 2016


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